segunda-feira, 28 de março de 2011

Pura emoção

Eu fiquei simplesmente maravilhada   quando ouvi Giba Pedrosa contar esta história. Depois, ganhei o livro e aí descobri a emoção de ler O Livro dos Abraços, de Eduardo Galeano. Na orelha do livro a definição clara:
"quando escreve, Galeano mostra que história pode - e deve -  ser contada a partir de pequenos momentos, aqueles que sacodem a alma da gente, não com a grandiloquência dos heroísmos de gelo, mas com a grandeza da vida. Por isso, aqui vai um dos mais belos minicontos que já ouvi:

    Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadllof, levou-o para que descobrisse o mar.
   Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
   Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos.  E foi tanta a imensidão do mar, e foi tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
   E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
   - Pai, me ajuda a olhar !

quinta-feira, 24 de março de 2011

As Notícias e o Mel


O desafio diário das escolhas pesam demais, tornando nossos passos infinitamente difíceis. Por isso adoro essa história de Marina Colasanti, chamada "As Notícias e o Mel". Que maravilhosa escolha a desse rei...

As notícias e o Mel

Um dia o rei ficou surdo. Não como uma porta, mas como uma janela de dois batentes.  Ouvia tudo do lado esquerdo. Do lado direito, não ouvia nada. A situação era incômoda, Só atendia aos ministros que sentavam de um lado do trono. Aos outros, nem respondia. E até mesmo de manhã, se o galo cantasse do lado errado, Sua Majestade não acordava e passava o dia inteiro dormindo.
Foi quando mandou chamar o gnomo da floresta. E o gnomo, obediente, apareceu na corte. Veio voando, com suas asinhas. Tão pequeno que, embora todos avisados de sua chegada, quase o confundiram com um inseto qualquer.
Chegou e logo se entendeu com o rei, estabelecendo um trato.  Ficaria morando no ouvido direito e repetiria para dentro – e bem alto – tudo o que ouvisse lá de fora. Tendo asas, e desejando, poderia aproveitar seu parentesco com as abelhas para fabricar no ouvido real alguma cera e um pouco de mel. O trato funcionou às mil maravilhas. Tudo o que o gnomo ouvia, repetia em voz bem alta nas cavernas da orelha, e o eco e a voz do gnomo chegavam até o rei, que passou a entender como antigamente, de lado a lado.
Correu o tempo. Rei e gnomo, assim tão vizinhos, foram ficando cada dia mais íntimos. Um já sabia tudo do outro e era com prazer que o gnomo gritava e era com prazer que o rei ouvia o zumbidinho das asas atarefadas no fabrico da cera e do mel. Uma certa doçura começou a espalhar-se do ouvido real para a cabeça e o rei foi ficando, aos poucos, mais bondoso.
Foi essa a causa da primeira mentira.
O Primeiro Ministro deu uma má notícia no ouvido esquerdo e o gnomo, não querendo entristecer o rei, transmitiu uma boa notícia no ouvido direito.
Foi essa a primeira vez que o rei ouviu duas notícias ao mesmo tempo. Foi essa a primeira vez que o rei escolheu a notícia melhor ...
Houve outras depois.
Sempre que alguma coisa ruim era dita ao rei, o gnomo a transformava em alguma coisa boa. E sempre que o rei ouvia duas notícias, escolhia a melhor delas.
Aos poucos, o rei foi deixando de prestar atenção naquilo que lhe chegava do lado esquerdo, E até mesmo de manhã, se o galo cantasse desse lado e o gnomo não repetisse o canto do galo, Sua Majestade esquecia-se de ouvir e continuava dormindo tranqüilo até ser despertado pelo chamado do amigo.
De um lado o mel escorria. Do outro, chegavam as preocupações, as tristezas, e todos os ventos maus pareciam soprar à esquerda de sua cabeça.
Mas o rei tinha provado o mel e a doçura era agora mais importante do que qualquer notícia. Entregou o trono e a coroa para o Primeiro Ministro. Depois chamou o gnomo para junto da boca e murmurou-lhe baixinho a ordem.
Obediente, o gnomo voou para o lado esquerdo e, aproveitando seu parentesco com as abelhas, fabricou algum mel e abundante cera, com a qual tapou para sempre o ouvido do rei.

quarta-feira, 23 de março de 2011

É bom ter Língua Solta !

Já faz algum tempo fui convidada para participar do programa Língua Solta, da AllTV.  O objetivo era falar sobre narração de histórias, oralidade e literatura infantil. Tudo aquilo que adoro!
Foi uma experiência muito gostosa, que eu gostaria de compartilhar com todos.  Espero que gostem.    :  http://www.4shared.com/video/912Vj3zQ/lingua_solta_11032011.html


sexta-feira, 18 de março de 2011

Diversão na PanaPaná neste sábado !


Espero que as crianças se divirtam, porque eu sei que eu vou me divertir muito. Adoro contar histórias deste livro! É amanhã, na PanaPaná (Rua Leandro Dupré, 396),  


terça-feira, 15 de março de 2011

Um lindo conto africano

Outro dia, procurei uma história que nos remetesse aos primórdios dos tempos. Hoje eu a encontrei: é um conto recolhido da tradição oral africana, que nos traz  a singeleza, mas também a força do universo simbólico da África Ocidental. E como se não bastasse a lindeza das palavras, como diria Guimarães Rosa, é também divertido. Puro encantamento. Para vocês:

Porque os contadores de histórias tem boa memória e
apreciam bom vinho

Conta-e na África Ocidental que não havia histórias. E por isso não havia também sabedoria.O mundo era muito triste. Por isso, o primeiro contador de histórias foi também um buscador de histórias, que saiu pelo mundo afora acompanhado de um pássaro-escrivão: o marabu. O marabu é o único pássaro que sabe qual das penas do seu traseiro deve ser arrancada para que, com ela se possa escrever – o que faz dele um pássaro especial.

Andaram pelo mato afora, pelas savanas e ao longo dos rios para escutar os ventos, as pedras, as águas, as árvores e os animais. E encontraram muitas pessoas até então desconhecidas, que iam lhe contando as suas histórias.

Munido da pena arrancada de seu traseiro e utilizando uma tinta feita de água, pó de carvão e goma arábica, o marabu-escrivão anotava cuidadosamente todas as histórias que escutava. E o buscador e contador de histórias caminhava e pensava “não vou conseguir me lembrar de todas essas histórias”. Mas o marabu continuava a ouvir e a escrever.

Quando, depois de muito tempo, voltaram para casa, o buscador de histórias obteve a solução para aquilo que o preocupava. Seguindo o conselho do marabu, encheu de água uma grande cabaça e nela mergulhou todas as histórias escritas.  Durante toda a noite, naquela cabaça – que na África e chama canari – as palavras escritas com tinta se dissolveram na água. No dia seguinte, o marabu mandou que o contador de histórias bebesse todo o conteúdo daquela canari.

Assim, todas as histórias bebidas tornaram-se histórias sabidas.

E se você, por acaso, precisar beber uma história, escute o meu conselho: beba tudo. Não deixe nada no fundo do copo, porque isso poderia provocar um branco na sua memória.

E essa é a razão pela qual todos os contadores de histórias sempre foram também bons bebedores!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Sobre os despropósitos

Hoje à tarde me perguntei porque certas coisas acontecem na vida da gente. "Porque acho que tinha que ser assim", me disse um amigo. Pensei então no despropósito das coisas. E, ao pensar em despropósitos, pensei em Manoel de Barros, que "desescreve" coisas lindamente. E aí, só podia dar nisso.

O Menino que carregava água na peneira
                                                  Manoel de Barros

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
era o mesmo que roubar um vento e sair
correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo que
catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio
do que do cheio.
Falava que vazios são maiores
e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito
porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que escrever seria
o mesmo que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser
noviça, monge ou mendigo
ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

o menino fazia prodígos.
Até fez uma pedra dar flor!
A mãe reparava o menino com ternura.

A mãe falou:
Meu filho você vai ser poeta.
Você vai carregar água na peneira a vida toda.
Você vai encher os
vazios com as suas
peraltagens
e algumas pessoas
vão te amar por seus
despropósitos.



domingo, 13 de março de 2011

Todos são convidados !!!


Adoro contar histórias na Livraria PanaPaná ! E as históris deste livro são simplesmente encantadoras.
Então, espero vocês lá.


sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma fábula japonesa

O povo japonês está passando hoje por mais uma daquelas trágicas situações decorrentes da reação da Natureza, mas com certeza provocadas pelos homens. Busquei uma fábula japonesa para que eu pudesse parar um pouco e pensar naquele povo tão forte e aguerrido. Aqui vai uma linda fábula, que já ouvi de forma maravilhosa aqui no Brasil.

Urashima-tarô - Fábula Japonesa


Urahima-tarô, um humilde pescador, percebendo que uma tartaruga estava sofrendo maus tratos de um grupo de meninos, foi em seu socorro. Pediu a eles que a deixassem em paz. No entanto, disseram que, como tinham achado a tartaruga, ela lhes pertencia e podiam fazer o que bem entendesse com a criatura. O pobre e bondoso pescador, então, ofereceu a eles os poucos trocados, que havia conseguido com a venda dos peixes, em troca da pobre criatura. Os garotos pegaram o dinheiro e deixaram a tarataruga ferida. O pescador tratou de seus ferimentos e a soltou no mar.

Tempos depois, Urashima-tarô pescava em alto mar, uma tartaruga surgiu e lhe perguntou se a reconhecia. Disse ser a tartaruga que havia sido salva por ele dos meninos maus. Por ser muito grata e dever a vida a ele, o convidou a conhecer o mundo encantado do fundo do mar. A tartaruga o levou no seu casco.

O senhor dos mares recebeu o bondoso pescador e, por ter salvado a tartaruga, convidou-o a se hospedar no seu castelo, pelo tempo que ele desejasse. Urashima-tarô se encantou com aquele mundo e decidiu permanecer por lá.

Mas, depois de algum tempo, o pobre pescador passou a sentir falta da família e da sua terra. Decidiu, então, voltar para casa. Os seus amigos e o senhor dos mares tentaram convencê-lo a não partir, mas a saudade provocou nele um desejo maior e ele resolveu voltar para o seu lugar.

O senhor dos mares, convencido de que Urashima-tarô estava decidido a deixar o mundo encantado do fundo do mar, o presenteou com uma caixinha mágica, e pediu a ele que nunca a abrisse. Seus amigos lhe prestaram uma homenagem na despedida; e lhe disseram que fosse feliz em convívio com seus semelhantes, os homens. A tartaruga o levou de volta para a superfície.

Já no seu lugarejo, Urashima-tarô encontrou uma aldeia diferente. Não encontrou sua casa e nem sua família. O curto período que tinha vivido no reino do fundo do mar, onde o tempo corria lentamente, havia significado anos na sua terra. E por estar vestindo uma roupa antiga, em todos os lugares que passava, as pessoas o olhavam com curiosidade. Passou a vaguear pelas ruas solitariamente.

Desolado e triste, o pobre pescador resolveu abrir o presente, descumprindo o pedido do senhor dos mares. Uma fumaça branca saiu de dentro da caixinha mágica aberta e o envolveu. Quando a fumaça se dissipou, deixou à mostra um Hurashima-tarô velho, com a barba e cabelos brancos. Assim que deu por si, ele percebeu o quanto era valioso o presente, pois a caixinha guardava a "eterna juventude".

quinta-feira, 10 de março de 2011

A Maior Flor do Mundo | José Saramago



Saramago falando de histórias para crianças. Saramago contando histórias para crianças.
Saramago alimentando nosso espiríto. Sempre Saramago. Puro encantamento.

terça-feira, 8 de março de 2011

Mãe Wu

Final do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Pensei em escrever algo sobre o que as mulheres tem vivido neste País, mas a história da Mae Wu não me saiu da cabeça. É um conto chinês, com que Regina Machado nos presenteia no seu maravilhoso livro "O violino cigano e outros contos de mulheres sábias".  Talvez este conto tenha batido tão fortemente em mim neste dia - em que me canso de homenagens rasas e retóricas - porque a meu ver é carregado de valores fundamentais para reflexão: a mulher velha, sábia, forte, consciente de seu destino e, acima de tudo, intuitiva. E como se não bastasse, Mãe Wu é uma daquelas histórias cujo final tiram o fôlego da gente. Como diz Regina Machado na introdução do conto em seu livro "Mãe Wu pede silêncio. É uma das heroínas mais assombrosas que já conheci". Pois registro aqui, neste dia 8 de março, resumidamente a história de Mãe Wu, não só para o deleite, mas também para nossa reflexão. Espero que gostem.

Mãe Wu

Ela era uma senhora, bem velha, de estatura mediana, robusta, vestida sempre com roupas escuras de algodão e  tinha um rosto redondo, queimado de Sol. Todas as manhãs, Mãe Wu saía cedo de sua casa e subia, apoiada em seu cajado de madeira, rumo à mais alta montanha daquela pequena aldeia da remota China. Sem parar para descansar, ela chegava ao topo da montanha e ia até o túmulo construído naquele lugar. Ficava um bom tempo lá em cima, rezava, limpava a pedra do túmulo e depois descia para tocar os seus afazeres diários. Fazia isso há muitos anos e ninguém na aldeia se lembrava de um único dia que ela tivesse deixado de fazer esse ritual. Ninguém na aldeia também sabia o motivo que a levava a cumprir essa longa e pesada jornada diária – a bem da verdade todos consideravam que isso era uma esquisitice, alguns até a consideravam meio maluca.

E para dar risadas dessa sua “maluquice” é que uns garotos um dia resolveram segui-la, decididos a se divertir às custas da velha mulher. Sem se importar com a presença dos meninos, Mãe Wu limpou a pedra e fez sua oração diária. Foi quando um deles perguntou
- Porque a senhora faz isso todos os dias, Mãe Wu?
Ela enxugou o suor com a manga da camisa e respirou profundamente o ar da manhã. Depois respondeu
- Há muitas gerações meus antepassados sobem à montanha todos os dias para olhar este túmulo. Eu aprendi a fazer isso com o meu pai, que aprendeu com meu avô, que por sua vez herdou a tarefa de seu pai, e assim por diante. Todos fizeram a mesma coisa, dia após dia. Pois eu devo vir olhar este túmulo todos os dias até o dia de minha morte.
E os meninos perguntaram “mas para quê olhar o túmulo?”
- Eu venho ver se a pedra não está manchada de sangue. Porque segundo a sabedoria da família, transmitida de geração para geração, no dia em que aparecer uma mancha de sangue neste túmulo, essa montanha vai desmoronar, e suas pedras vão destruir nossa aldeia.

Os meninos mal conseguiram conter o riso. Era mesmo uma maluquice. Aquela sólida montanha jamais desmoronaria. E muito menos a partir de uma mancha de sangue naquele túmulo. E um deles ainda ironizou:
- Mãe Wu, o dia que isso acontecer, não deixe de passar na minha casa para nos avisar.
- Fique tranqüilo, respondeu ela. Não pense que eu venho aqui todos os dias só para salvar minha pele. Não, meu trabalho é para salvar a aldeia toda. Se isso acontecer, descerei correndo para avisar a aldeia toda.

Caçoando daquela crendice e dispostos a dar mais risadas, fizeram um plano: pegariam um pouco de sangue de carneiro do açougue e espalharia na pedra do túmulo, só para ver a reação de Mãe Wu. E assim fizeram, não sem antes avisar a toda a aldeia da peça que pregariam na velha mulher.

Na manhã seguinte, Mãe Wu saiu de casa para cumprir seu ritual. As pessoas no caminho – que já sabiam da arte dos meninos – a cumprimentavam de forma exagerada, divertindo-se, mas ela nada percebia. Seus olhos estavam fixos no céu, onde ela sentia alguns sinais nada bons. Sem, saber o por que, Mãe Wu sentia um aperto no coração.

No povoado, todos estavam atentos à reação da velha mulher quando chegasse ao túmulo. E logo ouviram gritos lancinantes vindos do alto da montanha. Mãe Wu descia desesperada, aos tropeções, gritando e avisando a todos que fugissem da aldeia, pois o sinal da tragédia estava dado – antes do anoitecer a montanha ruiria e toda a aldeia seria destruída.
- Calma, Mãe Wu, não temos medo da morte, diziam os moradores, sabendo que aquele sangue era de carneiro e havia sido colocado de propósito. Ninguém lhe dava ouvidos.

Mas nada acalmou Mãe Wu. Ela gritou e bateu de porta em porta, avisando do perigo. E como ninguém a atendeu, voltou para casa, chamou as crianças e adultos de sua família. Juntos arrumaram alguma bagagem e as poucas relíquias dos antepassados, e todos em uma carroça deixaram o povoado para trás e para sempre.

No final da tarde, quando os adultos voltavam do trabalho, o céu escureceu de repente. E um estrondo ensurdecedor aconteceu sem mais nem menos. Ninguém ficou vivo para saber o que havia acontecido. Durante três dias a aldeia permaneceu envolta em grossa poeira. Depois, aos poucos, a luz foi surgindo. Não havia mais montanha, nem túmulo e nem aldeia. Mãe Wu e sua família foram os únicos sobreviventes dessa misteriosa tragédia.

terça-feira, 1 de março de 2011

As três laranjas, por Maria Carolina

 
Maria Carolina contando sua história.
 Tudo marcado para um programa especial do "Que História é Essa". Desta vez, as crianças fariam a diferença, pois elas é que seriam as contadoras de histórias. Elaine estava preparando esse programa há tempos, e as crianças estavam divididas entre o nervosismo e a excitação que poder contar uma história. Todas estavam também ensaiadíssimas. Ainda assim, aquele famoso frio na barriga tomava conta da galera - e não só por parte das crianças, mas também pelos adultos contadores lá presentes. É que aquela manhã havia começado tumultuada - a falta de luz complicou a montagem do cenário e trouxe ainda mais nervosismo - o que, é claro,  foi logo aproveitado com uma história de assombração, antes mesmo que o programa fosse ao ar. Mas o melhor, o melhor mesmo, ainda estava por vir. Pelo menos para mim. É que a Maria Carolina, que participa de praticamente todos os programas, iria contar uma histórias linda, que eu adoro, chamada As Três Laranjas. Mas a escolha da história não era a melhor notícia. A maior surpresa é que ela contou essa história em minha homenagem,  
Em retribuição, contei outra história.
Segundo ela, o que me deixou realmente emocionada. Maria Carolina, com seu sorriso, com seu talento, com sua dedicação e meiguice, já me emocionaria por si só. Mas ela resolveu, além de tudo, me dar esse lindo presente. Ouçam, então, As Três Laranjas, contada pela Carol. E reparem nos recursos utilizados e desenvolvidos por ela.
Clique no link abaixo. Além de Maria Carolina tem outras coisas muito boas.