Colando sonhos
Era uma vez um homem. Um homem bom, carinhoso,
amoroso, o melhor. Ele amava muito sua
família. E era muito amado também.
Um dia, como sempre
fazia, ele levou suas filhinhas à escola. Elas eram pequenas, a mais velha, de
sete anos, estudava em uma escola. A menor, de cinco, estudava em outra. E se tinha uma coisa que elas gostavam demais era quando ele, ao deixá-las na escola, entregava um lanche surpresa
para cada uma delas.
Naquele dia, ele
entregou sua pequena surpresa para a mais velha e pediu que ela abrisse o
saquinho somente na hora do recreio.
Quando a maior passou
pelo portão, o pai disse para a pequena que ela também receberia o saquinho
dela. Então ela perguntou ao pai o que tinha no saquinho. Ele disse “sonhos”.
Durante todo o caminho para a sua escola, a menininha ficou pensando como o seu pai era maravilhoso
e diferente, porque conseguia tirar os sonhos sonhados à noite de sua cabeça e
colocar em saquinhos.
Ela mal conseguiu
esperar pela hora de saber qual dos seus sonhos o pai havia
capturado e colocado no saquinho.
Quando chegou o horário,
ela abriu o tão precioso saquinho com o coração batendo forte. E encontrou
dentro dele uns deliciosos sonhos comprados em uma padaria ali perto... A
menina pensou no pai e imaginou que ele deveria estar sorrindo neste momento. Colocou
o doce na boca, mastigou vagarosamente e pensou o quanto o seu pai era mesmo
maravilhoso!
Essa história é real e esse pai, Fernando, que hoje está
em outro plano, merece sim todos os nossos sonhos. Os doces, os sonhados, os
imaginados e os nascidos da saudade.
Te amamos, Fe.
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