Foi assim: amigos queridos, amor de filhas, livros expostos e histórias para contar.Tudo isso no último e absurdamente lotado dia de Bienal do Livro, em São Paulo. Fiquei emocionada, porque estar lá com meus livros foi uma espécie de resumo de tudo o que venho construindo ao longo desses anos e que, em 2012, começa a materializar-se. E, como se fosse pouco, ao final, quase na hora de ir embora, chega Geórgia. Linda, dona de um sorriso encantador, com seus dentinhos da frente quase cobrindo uma recém janelinha. Entrou no estande e, decidida, pegou um livro e mostrou para a mãe. "É esse aqui", disse ela, vitoriosa. Era o livro Mágica na loja de tintas, lançado em março deste ano."Ah, esse", disse a mãe (acho que era a mãe). E olhando para mim, completou "Andei a Bienal inteira, porque ela disse que queria esse livro e não sabia onde tinha visto". Fiquei surpresa e imensamente feliz. A menina sabia que queria aquele livro (o meu livro, ai meu Deus...), procurou por ele e não teve dúvidas quando o encontrou! Caramba, isso não acontece todos os dias... Eu disse para a mãe que eu era a autora. E aí o sorriso da Geórgia tornou-se infinito. Era só o sorriso dela que existia para mim naquele momento. A mãe pediu para eu esperar um pouco, ela traria o livro para eu fazer a dedicatória. Esperei por ela com o coração pulando. Quando Geórgia chegou com o livro, como um troféu conquistado, abaixei-me na altura do seu olhar e agradeci, comovida. E ela, com aquela magia infantil e iluminada, me disse "obrigada também". Ela sentou-se ao meu lado e continuou sorrindo e eu, quase chorando, perguntei se podia lhe dar um abraço e um beijo. Ela então pulou no meu pescoço. Pedi para tirar uma foto e ela posou sorrindo. Alguém pediu para que ela posasse com o livro na mão, ela sorriu mais ainda. E a mãe (ainda estou achando que pode ser a mãe, que me pareceu conhecida de tempos idos) disse "põe na frente, mostra a capa, assim eles podem usar para divulgação". Geórgia me deu um grande presente ontem. Nem sei explicar a dimensão daquele sorriso e da atitude da menina. Na minha alegria, com um misto de surpresa e orgulho, nem perguntei nada sobre como conhecia o livro, quem era ela, etc e tal. Pareciam detalhes que poderiam estragar aquele mágico momento. Então fiquei sentada do lado dela, memorizando tudo aquilo. E a foto nem é para divulgação não. É para que eu nunca me esqueça de Geórgia. É para eu saber que vale a pena continuar, que o caminho é esse mesmo. É também para que eu possa olhar novamente seus olhinhos e agradecer pelo encantamento que sua presença me causou. Obrigada de coração, Geórgia.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Mágica de Geórgia
Foi assim: amigos queridos, amor de filhas, livros expostos e histórias para contar.Tudo isso no último e absurdamente lotado dia de Bienal do Livro, em São Paulo. Fiquei emocionada, porque estar lá com meus livros foi uma espécie de resumo de tudo o que venho construindo ao longo desses anos e que, em 2012, começa a materializar-se. E, como se fosse pouco, ao final, quase na hora de ir embora, chega Geórgia. Linda, dona de um sorriso encantador, com seus dentinhos da frente quase cobrindo uma recém janelinha. Entrou no estande e, decidida, pegou um livro e mostrou para a mãe. "É esse aqui", disse ela, vitoriosa. Era o livro Mágica na loja de tintas, lançado em março deste ano."Ah, esse", disse a mãe (acho que era a mãe). E olhando para mim, completou "Andei a Bienal inteira, porque ela disse que queria esse livro e não sabia onde tinha visto". Fiquei surpresa e imensamente feliz. A menina sabia que queria aquele livro (o meu livro, ai meu Deus...), procurou por ele e não teve dúvidas quando o encontrou! Caramba, isso não acontece todos os dias... Eu disse para a mãe que eu era a autora. E aí o sorriso da Geórgia tornou-se infinito. Era só o sorriso dela que existia para mim naquele momento. A mãe pediu para eu esperar um pouco, ela traria o livro para eu fazer a dedicatória. Esperei por ela com o coração pulando. Quando Geórgia chegou com o livro, como um troféu conquistado, abaixei-me na altura do seu olhar e agradeci, comovida. E ela, com aquela magia infantil e iluminada, me disse "obrigada também". Ela sentou-se ao meu lado e continuou sorrindo e eu, quase chorando, perguntei se podia lhe dar um abraço e um beijo. Ela então pulou no meu pescoço. Pedi para tirar uma foto e ela posou sorrindo. Alguém pediu para que ela posasse com o livro na mão, ela sorriu mais ainda. E a mãe (ainda estou achando que pode ser a mãe, que me pareceu conhecida de tempos idos) disse "põe na frente, mostra a capa, assim eles podem usar para divulgação". Geórgia me deu um grande presente ontem. Nem sei explicar a dimensão daquele sorriso e da atitude da menina. Na minha alegria, com um misto de surpresa e orgulho, nem perguntei nada sobre como conhecia o livro, quem era ela, etc e tal. Pareciam detalhes que poderiam estragar aquele mágico momento. Então fiquei sentada do lado dela, memorizando tudo aquilo. E a foto nem é para divulgação não. É para que eu nunca me esqueça de Geórgia. É para eu saber que vale a pena continuar, que o caminho é esse mesmo. É também para que eu possa olhar novamente seus olhinhos e agradecer pelo encantamento que sua presença me causou. Obrigada de coração, Geórgia.
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