Ser feliz ou não é uma questão de ponto de vista. Ou melhor, perceber-se feliz ou não depende de cada um! Eu poderia ocupar todo o espaço deste post para as frases que todos conhecemos, do tipo enxergar a metade cheia ou a metade vazia do copo... etc etc. Mas prefiro postar essa história, de autoria de Luísa Aguilar, com ilustrações - sempre surpreendentes e delicadas - de André Neves, de que eu sou fã de carteirinha. A história, um bálsamo para a auto-estima, foi publicada pela Editora Callis.
Orelhas de Mariposa
Mara atem orelhas de abano!
- Mamãe, você acha que sou orelhuda?
- Não, filha. Você tem orelhas de mariposa.
- E como são orelhas de mariposa?
- São orelhas que giram no ar e colorem as coisas feias.
- Mara tem cabelo de vassoura!
- Não, o meu cabelo é como um arbusto recém-podado.
- Mara se veste com toalha de mesa!
- Não, meu vestido é quadriculado para eu jogar xadrez.
- Mara tem a meia furada!
- Não, é que eu tenho um dedo muito curioso.
- Mara usa sapatos velhos!
- Não, são sapatos viajados.
- Mara não tem mochila nem carteira!
- Não, assim posso correr livre como uma gazela.
- Mara só lê livros usados!
- Não, é que mais de mil mãos já os acariciaram.
- Mara tem um estômago que ronca!
- Não, é que tenho uma orquestra na barriga.
- Mara é desengonçada!
- Não, é que fico na ponta dos pés para poder abraçar a Lua.
- Mara, você é orelhuda! Ou vai dizer que tem orelhas de mariposa?
- Não, são grandes mesmo. Mas não me importo com isso !
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