segunda-feira, 29 de novembro de 2010

E na Biblioteca Hans Christian Andersen...

Fui contar histórias na Biblioteca Hans Christian Andersen, no Tatuapé. É sempre uma emoção contar histórias para uma platéia ávida, que está ali para interagir com você, se entregar para aquilo que você vai fazer. A sua entrega passa a ser a entrega deles. Olhos atentos, sorrisos abertos e vontade de participar. Mãos levantadas a cada pergunta, querendo participar, brigando para dar o nome da princesa, o nome do grande amor da princesa, o melhor tempero para a velha colocar no macaco. Tudo maravilhosamente alegre e franco. E sempre surpresas, como a da pergunta do dia: “Ô tia, mas se a velha cortou o macaco, assou o macaco, como é que ele tá falando dentro da barriga dela?”. 
“E aí, a gente puxa aquele aparelho maravilhoso de estimular nossa imaginação, roda o aparelho para cima e pergunta para a platéia se, com muita imaginação, o macaco não pode falar depois de morto, picotado, temperado e assado? E a galera responde: “poooooooodee”. E o menino fica satisfeito com a resposta. E todos ficam felizes, eu mais do que todos. Ao final, a declaração de marejar os olhos e sentir que fez bem o que tinha que fazer – a menina, de braços levantados, pede prá falar: “de todas as contadoras que eu ouvi, essa foi a melhor”.Obrigada, crianças. Obrigada, pessoal da Hans. Contem comigo.

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