segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Que história é essa !!

Sábado passado, fui apresentar o programa Que História é Essa, a convite de Elaine Gomes. Foi uma experiência fantástica, porque sempre participei do programa como contadora de histórias e nunca como apresentadora. E, para um sábado que já começava bem ficar melhor ainda, o contador de histórias convidado foi meu querido amigo João Luiz do Couto, educador, escritor, contador, cantador e amigão de muitos bons momentos. Conversamos muito, cantamos, contamos histórias juntos em duas horas que passaram muito rapidamente. Um das histórias que o João contou, que é de autoria dele, eu já tinha escutado algumas vezes. E sempre que ouço, gosto muito. E compartilho abaixo.


O elefante que não sabia escovar os dentes

Hoje você vai ler uma história diferente.
É a história de um elefante que não sabia escovar os dentes.

Era uma vez, num lugar muito afastado, um jovem elefante que estava com dentes cariados. A sua vida ornara-se uma verdadeira agonia. Um dente doía de noite e o outro doía de dia. Que sofrimento seria, imagine você, se os dois dentões do elefante de uma só vez resolvessem doer?!

Teve um dia que foi aquele Deus nos acuda. O pobre elefante, na feira, procurava ajuda. - Futuca os seus dentões com cabo de vassoura! – gritou o coelho, que ali vendia cenoura.
- Bota pimenta e vê se não se engana! – indicou o saltitante macaco, enquanto gritava: - olha a banana. Olha a banana!
Já as abelhas Margarida e Izabel, para acudir o amigo, prepararam um chazinho, bem quentinho, desses de limão com mel.
- Resolvo isso com um coice! Comigo é assim! – bufou no canto da feira o burro que vendia capim.

- Hei, seu grandão, tenho muito din-din. Se quiser eu posso comprar esses seus estragados dentes de marfim! – disse a astuta raposa, vendedora de galinhas. E o convidou para trás de sua banquinha.
- Oi seu elefante, eu sei de uma simpatia. – cochichou o pequenino furão, de dentro do buraco de uma melancia.
- Oh, senhor elefante, se não se importa, eu darei o meu ponto de vista: procure imediatamente a um dentista! – disse o galo do alto do seu cocoricó, que intercedeu ao dar por vista.

No dia seguinte, bem cedo, ao que o Sol ofereceu a sua linda luz, estava o jovem elefante no consultório da doutora Criszângela Avestruz. E a doutora, com um sorriso cativante, se aproximou do elefante, esticou o pescoço e pôs-se a trabalhar. Limpou e restaurou os dentes da frente, as duas presas e um molar. Constatou que todo o problema da dentição era simplesmente a  falta de uma cuidadosa e adequada escovação. E, ao perceber o seu dente torto, o informou que um aparelho resolveria. E, com uma voz suave, a doutora declamou a palavra “ortodontia”.

A doutora Avestruz  ensinou o jovem elefante a usar uma escova de dente bem macia, sempre em movimentos circulares, a limpar corretamente a língua, a gengiva e, naturalmente, também os dentes.  Ensinou-lhe ainda que, para escovar os dentes, tem que movimentar a escova como a um trenzinho: para trás e para frente.

Daquele dia em diante, as visitas ao dentista passaram a ser constantes. E lá o jovem elefante ia, pelo menos, de seis em seis meses. Quem diria, depois de tudo resolvido, por qualquer motivo, o jovem elefante sorria. E mostrava os seus dentões e coisa e tal. Não demorou muito, tornou-se garoto propaganda de um creme dental!

Um comentário:

crys.educadora.blogspot.com disse...

Vanessa, amei essa história do elefante que não sabia escovar os dentes, se você não se importa vou acrescentá-la as minhas contações de história.