domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cinderelo, por quê não?

Por conta de um novo repertório, estou lendo histórias com novos focos, ao contrário, escritas sob outros pontos de vista... E tenho encontrado coisas muito boas! Aqui vai um exemplo interessante, um livro de Babette Cole, "O Príncipe Cinderelo". Espero que gostem !


Príncipe Cinderelo

O Príncipe Cinderelo nem parecia príncipe. Era baixinho, sardento, magricela e andava molambento. O Príncipe tinha três irmãos enormes, muito peludos, que viviam caçoando do jeito dele. Eles iam sempre à discoteca do palácio com namoradas princesas. E faziam o pobre Cinderelo ficar em casa, limpando o que eles sujavam.
Quando terminava o trabalho, o Príncipe sentava perto do fogo e sonhava em ser enorme e peludo como os irmãos. Um sábado à noite, quando ele estava lavando as meias, ma fada muito sujinha caiu pela chaminé.
Então, ela fez um feitiço para que o Príncipe pegasse o carro e fosse à discoteca. Mas os encantamentos não deram muito certo. Quando ela fez o encantamento para o carro, apareceu um carrinho de brinquedo. Quando ela fez o encantamento para uma roupa de baile, ela virou uma roupa de banho. E quando ela fez o encantamento para que ele fosse “enorme e peludo”, como os irmãos... ele virou um macaco, praticamente um monstro desses de desenho animado, enorme, peludo, vestindo um maiô listrado de banho! “Ratos de mordam”, disse a fada atrapalhada, “deu tudo errado de novo! Mas eu tenho certeza de que tudo vai se acabar à meia-noite”.
Mas, por causa do encantamento, o Príncipe Cinderelo não sabia que tinha virado um macaco enorme e peludo. Ele achava que estava muito bonito! E assim, lá se foi o Príncipe para a discoteca do palácio. Mas quando chegou na Balada Real, percebeu que era grande demais para passar na porta. Resolveu, então, tomar um ônibus para voltar para casa, já que aquele carrinho era muito pequeno.
Acontece que havia uma bela princesa estava esperando no ponto. “Quando passa o próximo ônibus?”, ele gruniu.
A princesa tomou tamanho susto com o monstro ao seu lado, que deu um grito enorme, fechando os olhos assustada. Por sorte, bateu meia-noite e o Príncipe Cinderelo voltou a se transformar nele mesmo. A princesa então abriu os olhos devagar e viu o rapaz magrelo e achou que ele havia afugentado o monstro peludo para salvá-la.
“Espere”, ela gritou. Mas o Príncipe Cinderelo era muito tímido. Saiu correndo e perdeu a calça!
A princesa era justamente a bela e rica Princesa Belarrica. Ela mandou anunciar que estava à procurado dono daquela calça. E prometeu se casar com aquele que conseguisse vestir a calça perdida pelo príncipe que a salvou de ser devorada de um enorme e peludo macaco. Todos os príncipes da redondeza tentaram vestir a calça. Mas ela se retorcia e se recusava a entrar em cada um deles. É claro que os três irmãos do Cinderelo tentaram vestir a calça... e nada.
“Deixe-o tentar”, ordenou a princesa, apontando para Cinderelo. ”Imagina se a calça vai sevir nesse moleque atrevido”, disseram os irmãos. ... mas serviu!. E a princesa Belarrica o pediu em casamento. Assim, o príncipe Cinderelo se casou com a princesa e viveu feliz para sempre. E quanto a seus irmãos? Ah, esses, depois de uma conversinha da princesa com aquela mesma fada, que os tranformou em fadas domésticas, que saíram limpando o palácio para sempre.

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