O gosto das bruxas
Era uma vez uma menina que estava presa na torre mais alta de um castelo. Ela era um princesa, mas não lhe valia de nada, porque perdera os seus pais e o reino, numa guerra. Era o tempo das fadas. Por isso a menina disse, para que as paredes ouvissem:
— Se uma fada me salvasse, fosse boa, fosse má ou assim-assim, eu repartia com ela o tesouro do meu perdido reino, que só eu sei onde está enterrado.
As paredes, todo mundo sabe, não só tem ouvidos, como boca também... E estas ouviram e contaram uma para as outras, de maneira que a parede da torre onde estava a princesa contou para a parede da torre ao lado, que por sua vez contou para a parede da torre do castelo da frente, que contou para a torre da igreja, que contou... E então, assim do nada, uma velha fada apareceu na sala.
—Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeepa!!!!!! cheguei!!!!!! — disse a fada.
— Você é uma fada boa? — perguntou a menina.
— Das veiz sim, das veiz não, respondeu a fada.
— Se uma fada me salvasse, fosse boa, fosse má ou assim-assim, eu repartia com ela o tesouro do meu perdido reino, que só eu sei onde está enterrado.
As paredes, todo mundo sabe, não só tem ouvidos, como boca também... E estas ouviram e contaram uma para as outras, de maneira que a parede da torre onde estava a princesa contou para a parede da torre ao lado, que por sua vez contou para a parede da torre do castelo da frente, que contou para a torre da igreja, que contou... E então, assim do nada, uma velha fada apareceu na sala.
—Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeepa!!!!!! cheguei!!!!!! — disse a fada.
— Você é uma fada boa? — perguntou a menina.
— Das veiz sim, das veiz não, respondeu a fada.
É que ela era uma fada assim-assim, assim-assim e para provar que não era das melhores, mas também não era das piores, impôs, uma condição. Salvava a menina, mas, antes, ela tinha de adivinhar o seu nome. E avisou logo que não tinha um nome lá muito mimoso.
A menina pensou um pouco e então falou, — Acho que é Serafina.
Nem pensar!!!
A menina pensou um pouco e então falou, — Acho que é Serafina.
Nem pensar!!!
Não era Serafina, nem Leopoldina, nem Marcolina, nem Eufrásia nem Tomásia. Ou quem sabe Ibéria e Pulquéria? Nem Eustáquia e Teodósia, nem Venância, nem Bonifácia. Nem sequer Capitolina.
A princesa esgotou os nomes mais esquisitos que conhecia. E a fada sempre com a cabeça a dizer que não, não, não. Até que propôs o seguinte negócio:
— Vou te salvar, mesmo que não descubra o meu nome, mas fico com o tesouro só para mim. Todinho?, perguntou a menina. Todinho!, respondeu a fada.
— Vou te salvar, mesmo que não descubra o meu nome, mas fico com o tesouro só para mim. Todinho?, perguntou a menina. Todinho!, respondeu a fada.
A menina concordou. Não tinha outro jeito...Então, a fada pronunciou umas palavras mágicas, como todo fada. E, como um passe de mágica, ela e a princesa atravessaram as paredes da torre prisão. Uma vez em liberdade, a princesa ensinou o local onde estava escondido o tesouro e pronto, a história acaba aqui.
E o nome da fada-bruxa? Também a menina quis saber.
— Eu me Chamo Joaninha — respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos, envergonhada.
— Mas Joaninha é um nome bonito — estranhou a princesa.
— Eu não acho — disse ela. — Gostava mais de ser Virgolina Zebedéia.
Vá lá a gente entender o gosto das bruxas...
E o nome da fada-bruxa? Também a menina quis saber.
— Eu me Chamo Joaninha — respondeu a fada-bruxa, baixando os olhos, envergonhada.
— Mas Joaninha é um nome bonito — estranhou a princesa.
— Eu não acho — disse ela. — Gostava mais de ser Virgolina Zebedéia.
Vá lá a gente entender o gosto das bruxas...
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